A morte da pequena Ana Beatriz, de apenas 15 dias de vida em causou comoção e revolta no município de Novo Lino, no interior de Alagoas. O corpo da recém-nascida foi encontrado nesta terça-feira (15), dentro de uma sacola com sabão em pó, escondido em um armário no quintal da casa onde morava com a mãe, Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos. Presa preventivamente, ela é a principal suspeita do crime. Desde o início das investigações, Eduarda apresentou cinco versões diferentes sobre o que teria acontecido com a filha — todas contraditórias — o que levou a Polícia Civil a aprofundar o caso.
Primeira versão: sequestro por dois homens, uma mulher e um carro pretoNa primeira tentativa de explicar o desaparecimento, Eduarda afirmou que dois homens e uma mulher, a bordo de um carro preto, a abordaram em um ponto de ônibus e levaram a criança. A história, no entanto, não apresentou nenhum indício que confirmasse o suposto sequestro.
Segunda versão: entrega para adoção informalDias depois, ela alterou o depoimento e afirmou ter entregue a filha a uma família desconhecida para adoção, alegando falta de condições para criar a bebê. No entanto, não soube identificar as pessoas envolvidas, e a história foi considerada frágil.
Terceira versão: invasão, estupro e sequestro à força
Em outro relato, Eduarda afirmou que teria sido violentada sexualmente por um homem que invadiu sua residência e que, após o abuso, esse mesmo indivíduo teria levado sua filha à força. A polícia não encontrou sinais de arrombamento, violência física ou qualquer outra evidência que sustentasse essa narrativa.
Quarta versão: morte por engasgo durante amamentação
Na sequência, ela alegou que Ana Beatriz teria se engasgado enquanto era amamentada. Segundo Eduarda, tentou reanimar a bebê, mas sem sucesso. Essa versão também não convenceu os investigadores, já que não houve pedido de socorro ou comunicação do ocorrido a ninguém.