O prefeito eleito de Arcoverde, Zeca Cavalcanti (Podemos), deu um passo estratégico ao atrair para sua base de apoio os vereadores Claudelino e Luiza Margarida. A jogada política vai além da busca pela governabilidade: demonstra força na articulação e a capacidade de ditar os rumos da gestão municipal e do Legislativo local.
A movimentação expõe um traço marcante da política: sua volatilidade. Como diz o ditado, “vereador não gosta de planície”. Assim, Luiza e Claudelino não hesitaram em alinhar-se ao novo governo antes mesmo do esfriamento do cenário eleitoral, evidenciando a busca por posições de influência.
Com essa articulação, Zeca envia um recado claro na disputa pela formação da Mesa Diretora da Câmara: é ele quem está no comando. Ao garantir aliados estratégicos, o prefeito eleito reduz significativamente o risco de surpresas ou ameaças a sua condução política.
Nos bastidores, a movimentação de Zeca é interpretada como uma resposta à articulação de Célia Galindo, que começou a se movimentar politicamente sem aguardar pelo prefeito eleito. A participação de Weverton Siqueira, o Siqueirinha, atual presidente da Câmara e vice-prefeito eleito, também é considerada fundamental nesse cenário. Siqueirinha, que resiste ao nome de Célia, estaria articulando uma chapa liderada por Rodrigo Roa, buscando manter influência política mesmo fora da presidência da Casa James Pacheco.
De qualquer forma, Zeca Cavalcanti detém a posição de liderança nesse processo. Com habilidade política, ele segura as rédeas da eleição da Câmara, podendo abrir ou fechar portas conforme sua estratégia, garantindo o controle necessário para evitar instabilidades no início de sua gestão.
Fonte: Nil Junior
