A disputa pelas duas vagas de Pernambuco no Senado Federal em 2026 começa a movimentar o tabuleiro político, com nomes de peso e muita indefinição no horizonte. Os atuais senadores Fernando Dueire (MDB) e Humberto Costa (PT) devem buscar a reeleição, mas enfrentarão concorrência de outros postulantes, como Silvio Costa Filho (Republicanos), Miguel Coelho (União Brasil), Gilson Machado e Anderson Ferreira (PL), Eduardo da Fonte (PP) e Marília Arraes (Solidariedade).
Apesar de todos os nomes citados terem legitimidade para entrar na disputa, a definição real das candidaturas só deve ocorrer durante as convenções partidárias de 2026. A incerteza é amplificada pelas negociações em curso para as alianças majoritárias, que incluem a governadora Raquel Lyra (PSDB) e a Frente Popular, liderada pelo prefeito do Recife, João Campos (PSB), que pode lançar candidatura ao governo do estado.
Historicamente, a corrida ao Senado em Pernambuco é marcada por surpresas. Exemplo disso são candidaturas consideradas improváveis, mas vitoriosas, como Teresa Leitão em 2022, Fernando Bezerra Coelho em 2014, Sérgio Guerra em 2002 e José Jorge em 1998. A escolha dos nomes para o Senado frequentemente ocorre de forma tardia e depende muito do desempenho e da estratégia dos candidatos ao governo estadual.
A conjuntura nacional também pode influenciar o pleito, seja no fortalecimento ou enfraquecimento das chapas majoritárias locais. Em Pernambuco, a disputa pelo Senado costuma ser tratada como secundária em relação à corrida pelo governo, o que abre margem para reviravoltas e definições de última hora.
Por ora, o cenário permanece nebuloso, com muitas variáveis em jogo. A antecipação da discussão, embora natural, pode ser precipitada, já que o desenho final das candidaturas só será consolidado em 2026. Até lá, a articulação política seguirá intensa, mas as peças do jogo só começarão a se encaixar nos momentos finais.
Fonte: Edmar Lyra