A Câmara de Arcoverde foi palco de mais uma sessão encerrada prematuramente, sendo a segunda ocorrência em apenas duas semanas, conforme anunciado pelo presidente Weverton Siqueira, conhecido como Siqueirinha. A duração da reunião desta vez foi de meros trinta minutos, destacando-se pela tumultuada dinâmica.
A leitura do expediente do dia foi realizada pelo vereador João Taxista, sendo este o único ponto abordado antes do caos se instaurar. Siqueirinha convidou o vereador Rodrigo Roa, primeiro inscrito para falar, mas sua intervenção foi abruptamente interrompida pela plateia. O presidente solicitou silêncio, afirmando: “Gostaria que fizessem silêncio para que o vereador faça uso da palavra sem ser interrompido.”
Roa aproveitou sua oportunidade para criticar a situação dos professores que não estão recebendo seus vencimentos, além de abordar a falta de atendimento adequado a uma criança autista e a escassez de fichas para atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). O vereador questionou a adequação de apenas cinco fichas para atender a um posto de saúde, levantando dúvidas sobre a gestão financeira do município.
Apresentando números que, segundo ele, comprovariam que não há falta de repasses para o município, Roa direcionou suas críticas à gestão de Wellington Maciel. Ao encerrar sua fala, Roa reclamou da falta de ordem e afirmou: “Faço meu papel de fiscalizar.”
Siqueirinha advertiu novamente sobre a situação desagradável, denunciando a intervenção de um poder sobre outro. Lamentou a dificuldade de conduzir a sessão com ordem, mencionando episódios anteriores de tumulto e até alegações de interferência externa.
O vereador Sargento Brito se comprometeu a interromper a batucada que perturbava a sessão, enquanto Everaldo Lira afirmou ter solicitado a mesma interrupção. No entanto, a resposta de Siqueirinha foi incisiva: “Não posso tocar a sessão. Está encerrada a sessão, e eu não vou aceitar mais isso aqui. Está virando uma baderna.”
A sessão foi encerrada sem sequer avaliar os pedidos de impeachment contra o prefeito Wellington Maciel. Oposicionistas alegam ter evidências de que a articulação de cargos comissionados partiu novamente da primeira-dama e Secretária Rejane Maciel, a mesma envolvida em diálogos controversos com a ex-vereadora Zirleide Monteiro em ocasião anterior.
O episódio apenas agrava a já desgastada imagem política do município e de seus agentes públicos, representando mais um vexame para Arcoverde. A falta de ordem e as interrupções constantes denotam uma situação alarmante na Câmara Municipal, contribuindo para o descontentamento da população.