Pelos seus méritos, Raquel Lyra (PSDB) chegou ao cargo de procuradora do Estado e embolsa R$ 42 mil por mês. Quando prefeita de Caruaru, optou pela remuneração de carreira, ou seja, o salário da sua profissão. Agora, na condição de governadora, a lei lhe garante o direito de continuar sendo remunerada como procuradora. Sendo assim, ao invés de um salário mensal de R$ 22 mil, como a Assembleia Legislativa aprovou, aumentando o valor anterior de R$ 9 mil, a tucana receberá do Estado os mesmos R$ 42 mil correspondente ao cargo de procuradora.
Mas ao rejeitar o salário aprovado pela Alepe e optar pelo de procuradora, Raquel passa a ser, na prática, a governadora com o salário mais alto do País, acima até de São Paulo. Governador do Estado mais rico da Federação, Tarcísio de Freitas (PL) embolsará salário de R$ 35 mil, já com o aumento em cima do valor anterior, de R$ 23 mil. Em média, os salários de governadores vão de R$ 18 a R$ 26 mil. Segundo maior Estado do País, Minas Gerais paga o salário de R$ 35 mil ao seu governador.
Raquel tem culpa por ter o maior salário do País entre todos os governadores do País? Em absoluto, mas fato é fato. E nas bancas do jornalismo se aprende que o fato é sagrado e a interpretação livre. No Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite, do mesmo partido de Raquel, recebe R$ 34,5 mil por mês, enquanto o governador do Paraná, Estado também sulista e rico, o salário é de R$ 35 mil.
Transportando essa realidade para o Nordeste, na Bahia, Estado mais rico da região, o governador percebe R$ 35 mil e no Ceará, R$ 19 mil. Se Raquel tivesse optado pelo valor que a Assembleia Legislativa aprovou, de R$ 22 mil, saindo de R$ 9 mil, teria um baita prejuízo, deixando de embolsar R$ 20 mil a cada mês, o que representaria, a cada ano, menos R$ 240 mil, um total de R$ 960 mil ao final do seu mandato de quatro anos.
Fonte: Blog do Magno