Buíque, administrada pela 5ª vez por Arquimedes Guedes Valença, e representado por 15 vereadores, é um município brasileiro do estado de Pernambuco. É integrante da mesorregião do agreste Pernambucano e pertencente a microrregião vale do Ipanema. Administrativamente, Buíque é formado pelos distritos Sede (Cidade), Carneiro, Catimbau e Guanumbi e pelos povoados de Tanque, Amaro e Riachão. O município é conhecido por abrigar o parque nacional Vale do Catimbau (uma das sete maravilhas de Pernambuco) e também por ser uma das maiores bacias leiteiras do estado.
O mestre de campo Nicolau Aranha Pacheco, Antônio Fernandes Aranha e Ambrósio Aranha de Farias obtiveram do governo da Capitania do Pernambuco, no dia 2 de dezembro de 1658, uma sesmaria de vinte léguas de terras. Na Sesmaria dos Aranhas, foram fundadas duas fazendas prósperas: Lagoa (que deu origem a Buíque) e Garcia (que deu origem a Garanhuns).
Com a destruição do Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, em 1696, poucos anos depois, em 1699, o governo da Capitania fez instalar em Garanhuns um distrito judiciário, sob a forma de Julgado, com a denominação de “Capitania do Ararobá”, e uma freguesia sob a forma de Curato, denominada Freguesia de Santo Antônio do Ararobá. A região do futuro município de Buíque fica, então, dependendo de Garanhuns.
A Fazenda Lagoa tocou, por herança, a Pedro Aranha Pacheco. Depois de sua morte, a viúva, Dona Maria de Matos Costa, em 1716, vendeu a fazenda a dois irmãos: Félix Pais de Azevedo e Nicácio Pereira Falcão.
Depois da morte de Nicácio, Félix fez a partilha de metade das terras com os herdeiros. Das terras que lhe sobraram, ele doou a metade como dote de casamento aos sobrinhos Julião de Matos Mercês e Francisca dos Prazeres, recomendando o desmembramento de quinhentas braças de terra para o patrimônio de uma capela dedicada a São Félix, o santo patrono do seu nome.
Em 1754, a capela estava sendo construída. Em torno da capela, foi surgindo o povoado de São Félix de Buíque, que, em 1763, deixou de fazer parte da jurisdição de Garanhuns, em conseqüência da instalação da Vila de Cimbres. Em 1836, Buíque voltou a fazer parte de Garanhuns. A capela de São Félix de Cantalice só deixou de ser filial da Matriz de Santo Antônio de Garanhuns quando passou à categoria de Matriz da Freguesia de São Félix de Buíque, criada em 1792 e instalada em 1795.
A Vila Nova de Buíque como sede de município foi instalada em 12 de Maio de 1854. Seu território abrangia também as áreas de Pedra, Águas Belas e a maior parte de Inajá[5]. O nome do local tem origem na linguagem Tupi e significa “Lugar de Cobras”. Os naturais de Buíque têm outra versão para a origem do nome: os índios que habitavam essa região utilizavam uma flauta cujo som produzido se assemelhava ao nome da cidade.
Geografia
Localiza-se a uma latitude 08º37’23” sul e a uma longitude 37º09’21” oeste, estando a uma altitude de 798 metros. Sua população estimada em 2009 era de 53.272 habitantes. Possui uma área de 1345 km². O escritor alagoano Graciliano Ramos foi um morador célebre da cidade.
O município está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005[6]. Esta delimitação tem como critérios o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco de seca.
Relevo
Grande parte do município está localizado no Planalto da Borborema. No centro do município há áreas inseridas na Depressão Sertaneja e a noroeste do município, áreas inseridas nas Bacias Sedimentares.
Vegetação
A vegetação predominante é a Floresta Subcaducifólica e Caducifólica e a caatinga em certas áreas.
Hidrografia
O município de Buíque está nos domínios da Bacia Hidrográfica do Rio Ipanema. Os principais tributários são o rio Ipanema e o rio Cordeiro, e os riachos: do Cafundó, Mimoso, do Xicuru, do Brejo, Salgado, do Pilo, Catimbau, Ilha, do Mororó, Piranha, dos Negros, Queimadas, Cajazeiras, Mulungu, Umburaninha, do Jaburu, do Cágado, das Pedrinhas, Barra, do Pinto, Ipueiras, das Cabras, Caldeirão e dos Martins, todos intermitentes.
O município conta ainda com o açude Mulungu, com capacidade de acumulação de 1.280.953 m³.
Terras indígenas
Localiza-se no município de Buíque a Terra Indígena Kapinawá, do povo Kapinawá, homologada pelo Decreto de 11.12.98 (veja o mapa). A terra indígena ocupa 12.403 ha. Desde 2003, o povo indígena têm como Chefe de Posto Expedito Macena Alves.[7]
Turismo
O Vale do Catimbau
O turismo da cidade vem se destacando no cenário nacional principalmente devido a região do Parque Nacional do Catimbau. O vale conta com formações rochosas singulares e tem sido cenário de vários filmes nacionais. A paisagem do local conta com a fauna e a flora típicas da caatinga.
Da Wikipédia