EXCLUSIVO: Os Rumos da Congregação das Religiosas Beneditinas da Virgem Maria em Buíque

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Assim como um filme  que  deixou de ser rodado por falta de recursos  onde  seu autor  paralisou  toda a sua historia  por falta de recursos financeiros  o que parecia ser o  ultimo capitulo da Congregação das Religiosas Beneditinas da Virgem Maria que deveria ter  um final feliz  começou ser escrito no ultimo dia 1º de Março de 2015 quando  naquele ano  o ex prefeito do município  Jonas Camelo de Almeida Neto, através do Decreto  de Nº 05 declarou de utilidade publica para fins de desapropriação o imóvel de 19.589 m2 situado a Avenida São João incluindo a casa das freiras, a capela de Nossa Senhora das Graças incluindo um aviário , o pátio para aves, um canil, uma pocilga além do pátio de estacionamento entre outras benfeitorias.

Empenhado pela justiça federal, na época a decisão foi tomada para se evitar que  todo aquele patrimônio fosse a leiloado conforme leilão que já estava previsto para acontecer  no dia 18 seguinte no  prédio da Justiça Federal em Arcoverde.

Soando na época como uma medida paliativa, ate porque  a freira que  contraiu o empréstimo  negociou a divida , passados exatos 04 anos  tudo voltou a estaca zero, o decreto de desapropriação juridicamente  perdeu seus efeitos  fazendo com que  mais uma vez a sombra do passado ressurgisse com o mesmo teor ameaçando apagar um patrimônio de  um valor imensurável na   pagina da historia do município de Buíque.

Entendendo que  o processo se encontra em andamento  na justiça,  após consultar seu departamento jurídico,   no ultimo dia 05 de Maio de 2019  o atual prefeito Arquimedes Guedes Valença enviou ao Poder Legislativo outro projeto de lei criando o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico , Cultural  e Natural de Buíque -CMPHC  que  foi aprovado por unanimidade na ultima reunião do dia  08 passado.

Acompanhado do Projeto de Lei que cria o CPMH-Buíque , o prefeito também enviou  outro projeto solicitando uma suplementação no valor de R$ 300 mil reais os quais serão destinados a custear as despesas com a desapropriação objetivando a construção de uma unidade escolar  no terreno  preservando assim todo complexo  construído  que em breve deverá  ser tombado tornando-se em  Patrimônio  Publico.  (Conjunto de bens que pertencem ao domínio do Estado ou  Município e que se institui para atender a seus próprios objetivos ou para servir à produção de utilidades indispensáveis às necessidades coletivas.)  

Mergulhada  numa polêmica que que mais parece não ter fim, a historia do processo de desapropriação poderia passar despercebido se as informações fossem repassadas a população de fato como elas são, e não como parecem ser.

Fato é que  com a desapropriação da  Congregação das Religiosas Beneditinas da Virgem Maria evita-se  que  os 19.589 m2 vão a leilão e mesmo se construindo uma escola  onde não existe construção,  tanto a casa com 630 m2 quanto a capela com 112 m2 e todo pátio  incluindo o estacionamento serão preservados e permanecerão como patrimônios histórico, religioso e cultural do município abrigando as freiras e sua congregação, porque de acordo com o projeto  serão tombados e se transformarão em  Patrimônio Publico .
Fotos: Leonardo Silva
  

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