Fortaleza: O reforço policial, a transferência de líderes de ataques e a prisão de 403 suspeitos até esta segunda-feira (21) não foram capazes de cessar a onda de atentados que aterroriza o Ceará desde o dia 2 com mais de 200 ocorrências já registradas entre incêndios e explosões a viadutos, torres de transmissão, veículos e prédios públicos e privados.
Autoridades apuraram que, o poder prolongado de fogo das facções está causando surpresa às autoridades locais e federais. Especialistas ouvidos confirmam que a força dos grupos foi subestimada –o que faz com que a onda de violência se estenda por um período maior que o esperado, mesmo com o reforço de 700 policiais da Força Nacional, de outros estados e da reserva da PM (Polícia Militar) do Ceará em operações.
No Ceará, três facções dominam o tráfico de drogas e lutam por domínio de bairros e presídios: PCC (Primeiro Comando da Capital), CV (Comando Vermelho) e GDE (Guardiões do Estado).
Além deles, há ainda presos faccionados à Família do Norte, mas em menor número e sem atuação mapeada fora dos presídios. Elas fizeram um acordo de paz para atacarem o estado, que anunciou medidas disciplinadoras em presídios.
O conselheiro penitenciário do Estado do Ceará, o criminalista Cláudio Justa, admite que o poder das facções foi subestimado pelo estado. “Os espaços prisionais são muito estratégicos para as facções, elas não querem perdê-los. Infelizmente, o problema do poder das facções no estado era bem maior que o estimado pelas autoridades”,.
Fonte: UOL