ESPECIAL DE NATAL: Walmir Perreira,um Buiquense que acima de tudo com o carinho de familiares e amigos superou todas as expectativas que alguém pode superar

0
131

Enquanto muitos se acomodam   e no fundo do seu inconsciente  passam a acreditar  que, existe-se  momentos da vida que faltam-lhes força para lutar  por aquilo que acham  que não tem mais soluções,  familiares, amigos e internautas   foram testemunhas  da superação do  Buiquense, Walmir de Araújo Pereira, quando o mesmo     em dois dias, repentinamente, ficou paralítico, sem andar, sem ouvir direito, dificuldades de falar, sem conseguir escrever e sem ter autonomia de levar comida a sua própria boca e usando sonda pra urinar.

Natural de Buíque/PE, tem 43 anos de idade, é casado com Rosileide Laranjeira da Silva e tem uma filha, Joana D’arc Laranjeira Araújo, de 8 anos de idade , um policial civil que  reside e trabalha  na vizinha cidade de Arcoverde que  com sua autorização de uso das imagens, e entrevista  ao  Girosocialb , com depoimentos emocionados  a partir de agora  sem meias palavras  abre o coração  mostrando que   quando se tem fé, o amor da família , carinho dos amigos, todo universo  conspira ao seu favor  para enfrentar seja qual for o  obstáculo  na vida encontrado .

Girosocialb: Walmir, como tudo começou?
  Walmir:   No dia 25 de março deste ano (2018), no domingo de Ramos, passei o dia muito sonolento e anoite, deitei-me cedo. Na madrugada da segunda feira, tive fortes dores na coluna, fiz compressa e tomei remédio pra dor e nada de passar. Ao amanhecer,  levei minha filha à escola e fui ao hospital, onde tomei uma injeção e a dor passou. Ao voltar pra casa ainda pela  manhã, ainda sonolento, senti que estava com dificuldades pra fazer xixi, fazia força e nada, tinha vontade e nada. Depois, com muita insistência, urinava, mas muito pouco, a tarde, fomos pra Buique/PE, pois era a semana santa, ao mesmo tempo, que as pernas começaram a ficar trêmulas comecei a pensar em hérnia de disco,  anoiteceu a segunda feira, e as pernas cada vez mais trêmulas, porém não sentia mais nenhuma dor, já na casa de minha sogra, de madrugada da terça feira, fui ao banheiro e ao tentar ficar em pé, já cair e nem ajoelhado, ficava, minha esposa ligou pra meu irmão Vandelson e juntos me levaram pra o Hospital Memorial em Arcoverde, onde chegando lá, já foi colocado uma sonda e em  seguida fui  transferido de Ambulância pra Caruaru.
Giroscialb : Como foi o, diagnóstico?
Walmir:  Fiquei internado no Hospital Santa Efigênia, onde lá um médico especialista em coluna suspeitava, mesmo que remotamente, de hérnia de disco, enquanto que um neurologista começou, fortemente, a suspeitar de alguma doença neurológica, e começaram os exames. Tomografia, três ressonância magnética da cabeça aos pés e um, que não me lembro o nome, que tirou um liquido da minha coluna, enquanto não saiam os resultados, eu ia piorando, a dormência, todos os dias, subia um pouco. Era aterrorizante, pois sentia a preocupação dos médicos de eu entrar em coma ou atingi a minha visão, pois lá, atingiu minha audição, meu braço direito e minha voz, nesse período, eu ficava muito triste, pois temia pela minha visão. Um dia, peguei na mãos do médico e disse: “Não deixe eu ficar cego não”. Ele me disse: Agora é a hora de pôr em prática a sua fé, eu farei de tudo pra isso não aconteça, mas não depende só de mim, vamos ter fé.” Eu também já achava que iria parti pra outra dimensão, pois eu pensava em várias doenças terminais, tinha essa possibilidade. A começar a saí os primeiros resultados, o neurologista Dr. Paulo Henrique, já suspeito de ser a Guilhan Barret ou uma similar e começou a adiantar a medicação para tais doenças pra não perder tempo, pois era uma corrida contra o tempo, pois a paralisia só avançava. Foi então que ao começar tomar a pulsoterapia, um tratamento venoso com alta dosagem de corticóide, eu senti que estacionou a paralisia e eu fiquei mais esperto, a sonolência parou. A noite ele chegou com melhor notícia fo mundo, não era nenhuma doença terminal, era doença muito rara, mas que tinha cura, o nome era SÍNDROME DE ADEM, uma doença autoimune, onde meu próprio sistema de defesa me atacava, causada por várias possibilidades, como uma infecção intestinal, uma virose ou uma chicungunia que tive anos antes, mas é uma raridade isso acontecer, mas aconteceu comigo. Eu tive chicungunia em 2016. Eu fquei muito alegre. Aí ele me disse que eu iria continuar o tratamento internado com bastante corticóides por uma semana mais e depois viver um tempo variável podendo passar anos ou meses de cadeira de rodas, teria que fazer muita fisioterapia. Fiquei muito alegre, pois saberia que iria voltar a vê minha filha e toda minha família e amigos.

Girosocialb: Walmir e a recuperação, você tinha esperanças que iria voltar andar logo ou iria demorar?

Walmir: No início, achava que iria passar mais de ano de cadeira de rodas, mas não me preocupava, pois o que passei internado, na incerteza de tudo, o que viesse era lucro. Cheguei, brincando, a dizer ao médico, que aquela semana santa, na semana santa, só quem sofreu mais do que eu, foi Jesus mesmo. Disse essa brincadeira, chorando, o médico olhou pra mim e disse: você vai voltar a andar logo, pois você até chorando, você brinca e ri. Você tem muito otimismo e muita fé. Perto da alta médica, foi tirada a sonda, e tive outra grande alegria, voltar a urinar sem a sonda, fazer xixi nas fraldas, foi o primeiro sinal de vitória. Ao chegar de alta médica, minha filha chorou muito ao me vê nos braços dos meus sobrinhos, e com a cabeça um pouco mole, colocava as mãos nos olhos e dizia que não queria me vê, não queria vê o pai dela daquele  jeito e correu, foi muito triste e marcante aquela noite de 9 de abril. Depois ela se acalmou e veio até me dá a janta na minha boca. Dias depois, entrei hospital Mens Sana, em Arcoverde/PE, onde comecei a fazer fisioterapia, com o fisioterapeuta Ronaldo, três dias por semana e dois outros dias, aqui em Buíque com a fisioterapeuta Michelainne. No Mens Sana fiz tratamento fonodiólogo, passei por psicólogo e nutricionista. Ótimos profissionais. Além de todos esses tratamentos, na casa de minha sogra, dona Reginalda, em Buique/PE, onde residi por uns dois meses, no momentos livres, tentava fazer algum exercício fisioterápico, aliado também as minhas orações e força de vontade. Depois, ainda tive infecção urinária e tive que fazer um tratamento colocando, eu mesmo, uma sonda de alívio, onde depois que eu urinava, introduzia a sonda esta retirava o restante do xixi. De noite, era ruim pra dormi, pois era uma posição só, de peito pra cima, não tinha força pra ficar de lado. Pra passar o tempo, depois das visitas, ia lê, assisti a palestras espíritas pela internet e me inscrevi no Canal do YouTube “O cangaço na literatura”, onde sempre assisti e ainda assisto a ótimos programas sobre o cangaço e a cultura nordestina. E, lógico, vê também as noticias no Girossocial. Aos poucos, fui começando a mexer os dedos dos pés. Começo de maio, já levantava o joelho, foi daí que vi que pra andar, seria mais uns dois meses e não mais anos como pensei no inicio. Cada conquista era uma grande vitoria e alegria. Nessas alturas, já conseguia me emborcar e me virar sozinho na cama. Aprendi sai da cama sozinho e sentasse na cadeira de rodas. Em junho, consegui ficar em pé segurando num andajá. Voltei a residi em minha casa, em Arcoverde, pois já conseguia com o andajá, ir ao banheiro só e com auxilio da esposa, tomar banho. Comecei a tirar minha propria barba. Assisti a copa com o andajá e, ao invés da cerveja, leite molico. Em julho, comecei a andar com uma muleta voltei a falar normalmente e a ouvi e a escrever também. Nessas alturas, também já levava a comida a minha boca como antes. Em agosto, voltei a dirigir. Em setembro, saí da muleta e comecei a andar sem nada, mas como se tivesse mancando. Continuava na fisioterapia e agora também na hidroterapia também no Mens Sana. Outubro, comecei a andar de bicicleta e a correr um pouco. Este mês de dezembro já tive alta da fisioterapia e do Mens Sana 100% reabilitado. No mês de julho, fiz um exame em Caruaru, eletroneuromiografia, muito chato, duas horas e meia de choques em várias partes no corpo e depois furadas de agulhas, mas graças a Deus, deu tudo negativo.
   
Giroscialb, como você se sente hoje, depois de tudo isso?
 Muito agradecido a Deus, por tudo, pedi muito pra não deixar as pessoas que amo muito agora e nem ficar cego, fui atendido. Só tenho a agradecer a Deus, por ter colocado o um grande médico neurologista, no hospital quando lá cheguei. Agradecer a todos da minha família, a minha esposa, minha filhinha, minha mãe, irmãs, irmãos, cunhadas, cunhado, a família da minha esposa, minha sogra, a todos por tudo e pelas orações que fizeram por mim. Agradecer aos amigos espiritas, amigos evangélicos e católicos por toda força e orações. Ligavam até pra mim e fazia orações por telefone como o amigo Paulo Tarcísio, a amiga Vânia Lívia mandava áudio orando  pra mim, me fortalecia muito
. As mensagens no  face, meus amigos virtuais, todos, meu muito obrigada. Descobri que tenho muito mais amigos do que eu pensava. Fico muito feliz, por ter passado todo esse tempo paralítico, sem me queixar de nada, sem me revoltar de nada, sempre agradecendo a Deus por tudo, orando a Deus e ao amigos espirituais pedindo força e orientação pra manter o equilíbrio, a paciência e a resignação. Graças a Deus, consegui. Hoje, terminei a licença médica e estou de férias e volto a trabalhar em janeiro.

Girosocialb :Agora suas considerações finais.
Walmir Desejo a todos um feliz natal e um ano novo cheio de paz e saúde que todos nós busquemos enxergar Deus no próximo e se trata todos como irmãos em prol do bem, do amor e do perdão. Deus nos abençoe sempre. Obrigado Deus, obrigado a todos.

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here